sábado, 14 de maio de 2011

A crise financeira de 1880-1890 e a adopção do proteccionismo

Devido à crise económica Portugal viu-se na necessidade de mudar a política económica de forma a reanimar a indústria, reduzir a dependência externa e as importações...
Já não nos faltava a falência do banco Baring & Brothers e a diminuição das remessas de dinheiro dos emigrantes brasileiros, ainda por cima surgiu o Ultimato inglês em 1890, então assim já não havia como cobrir o défice das finanças públicas( que crescera assustadoramente de 1885 a 1889).
Em Janeiro de 1892, o estado declarou bancarrota e assim confessou publicamente a incapacidade de solver a divida.
Sob os efeitos da crise e do fracasso do livre cambismo, o governo publicou uma nova taxa alfandegaria, o proteccionismo, para proteger essencialmente a agricultura e a industria. 
O proteccionismo, numa tentativa de isolar a economia, aumenta os impostos sobre os produtos que "entram" , para incentivar  a compra dos produtos nacionais.
Henry Burnay , grande capitalista da Regeneração
O aumento do consumo será um estimulo para o aumento da produção interna que induzirá a um decréscimo do desemprego e por sua vez realçará o consumo... activando a economia.
Para ajudar também ao desenvolvimento de algumas indústrias como a química, a eléctrica, dos cimentos, da construção civil, dos tabacos, das tintas e vernizes, das conservas de peixe e da metalurgia pesada, da mecanização do têxtil, da moagem e da cerâmica de construção, houve um grande fomento das colónias.
Apareceram também as grandes companhias onde a capital financeira imperava. Como por exemplo a Companhia Aliança (têxteis), Companhia dos cimentos Tejo, Companhia União Fabril - CUF (produtos químicos), que tinham apoios a nível económico.
Em Setúbal, Lisboa, Porto, Barreiro, Guimarães e Braga,desenvolveram -se grandes pólos industriais .

Fonte: Couto, C.; Rosas, M A; (2009) "O tempo da História" - 3ª Parte - História A 11º ano. Porto: Porto Editora;
           Wikipédia;
           Infopedia.

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